terça-feira, 13 de março de 2012

Confraria da Conquilha


Vamos à webpage da revista Sábado. Acedamos ao tópico “Blogues”. O que se encontra é uma divisão entre “Blogues de Esquerda” e “Blogues de Direita”. É um exemplo. Ninguém gosta de coisas fora do sítio. Ou fora de horas. Aqui, na terrinha, é assim. O pai sai do trabalho, invariavelmente às seis, bebe o seu copo de três, invariavelmente, até às sete e picos. Invariavelmente, chega a casa e bate na mãe. Invariavelmente, na prol também. “Estão todos desengonçados”, diz o pai que, invariavelmente, cai na cama às nove. Neste ermo ao pé do mar faz confusão o que está desarrumado. Na política também, recuperando as frases introdutórias.

Há que pertencer seja ao que for. Partido, clube de matraquilhos, equipa da carica, claque do Passilgueirense F.C. É indiferente. Tem é de haver almoços. E jantares. E o típico “eu conheço-o da Confraria da Conquilha, marco-te um café com o tipo e isso resolve-se”. É assim. Ou se é de direita ou esquerda. O dito também vale para ministros. Como o Álvaro. A pasta da economia seria sempre comparável a um dos trabalhos de Hércules, não por o ministério ser gigante, mas sim porque não há dinheiro. Não há dinheiro. Quem é que num país a tapar buracos consegue aplicar planos para impulsionar o crescimento da economia? Ninguém – nem mesmo o totó "canadiano". Não fosse ele totó, não fosse ele "canadiano" e pertencesse à Confraria da Conquilha e daqui a quatro anos estava na EDP. Ou a estudar em Paris.

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